Saturday, August 13, 2011

les performances de la nostalgie



Certo tempo, pra ser mais exato em 2006. A minha pessoa ainda aspirante a aspirante de desenhista, criara um mundo próprio sem nexo, lógica ou o que quer que ligue a fantasia à realidade (mesmo isso não sendo necessário, mas como a maioria das obras são apenas abstrações ou mesmo retratos feios ou embelezados do cotidiano dos autores, eu em minha vil loucura queria quebrar isso, só não sei o motivo do intento). Baseado na obra do grandessíssimo Lewis carrol, criei o que seria uma versão feia e grotesca das idas e vindas de Alice no país das (alucinações lisérgiadas) das maravilhas, não me preocupava nem com as obrigações da escola, bons tempos, passava horas, dias e noites, a imaginar como seria adentrar naquele mundo grotesco e assustador que me impressionava a cada sonho novo a cada ligação que encontrara ao meu redor, absorvia manchas de esgoto escorrendo no asfalto, sombras em paredes de cimento, manchas em velhas portas de madeiras e o escambal, tudo acabava virando inspiração pra obra.

Só que com o tempo eu fui enjoando, pois a “obra” estava ficando megalomaníaca e esquizofrênica demais, estava me absorvendo demais, não fazia mais nada a não ser desenhar personagens, cenas e situações relacionadas à dita obra, até então intitulada de “A Canção dos Deuses Mortos”, como não suportava mais desenhá-la decidi abandoná-la, guardando-a por cerca de quatro ou cinco anos e possuindo por alto uns 250 desenhos em uma caixa lacrada com fita crepe em baixo da minha CPU. Até certo dia me dar uma louca vontade de olhar uns trabalhos antigos e vejo aquele tesouro intocado de idéias bizarras, pensei poxa blog novo preciso de conteúdo, “As encenações de uma leve nostalgia”, assim nasceu essa idéia grotesca, no entanto espero que gostem a cada duas semanas eu irei firmar o compromisso comigo mesmo de postar uma releitura daqueles tempos maravilhosos de desenho sem pretensões megalomaníacas.

E esta imagem ilustra a releitura do “missionário putrefato”, era minha versão das cartas soldados de Lewis Carrol.

Zakuro A.

13:00 pm

10-08-2011

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