Tuesday, August 9, 2011

l'inauguration timide.


Passos em uma sala escura, com três velhos sofás com marcas de traseiros ainda bem visíveis, uma estante empoeirada e uma intrépida caixa de elétrons repousando sobre a mesma e o maldito apetrecho sadista com seus trinados incestuosos e seus cliques orgasmáticos “o telefone”, uma cortina de uma coloração “sangue de boi” pendurada bruxuleava belamente a frente da velha janela de metal escuro, a mesma filtrava os coprófagos raios solares que iluminavam um dos velhos sofás.

Adentro pela mesma e caminho até a porta de meu quarto, meu escudo protetor contra tudo e qualquer coisa desde que me apoderei de mais umas de minhas extensões fálicas, minha chave.

Enfim mantenho meus segredos a salvo.

Puxo vagarosamente a cadeira de meu PC, a mesma arrasta-se vagarosa sem relutar, pois a mesma não passara de uma reles cadeira, sento me puxo à aba de minha escrivaninha onde repousara o teclado negro e repleto de restos de borracha sobre o mesmo.

Não havia desligado o PC, e apenas pressiono uma tecla qualquer e como uma amante sedenta e receptiva a tela se abre em seu azul horroroso, em uma pequeníssima aba branca pisca uma barra como o ofegar de uma amante sedenta por degustar a ponta de meu chifre de rinoceronte, o estalar das teclas me leva ao âmbito prazeroso de minhas memórias levemente decompostas, aqueles “tlec’s, tlec’s” eram quase o “bap, bap” incestuoso de uma copula animalesca, aperto o orgíaco enter e a tela se esvai e revela uma tela de shuan tan, meu novíssimo mestre, a mesma se esvai como uma masoquista em seus últimos suspiros após um orgasmo explosivo que nem o tempo ousaria sodomizar.

Procuro em meus muitíssimos itens em minha área de trabalho, encontro a agenda, vejo que na mesma que era dada a hora de inaugurar meu blog, especificamente a trabalho, e lembro me seria um inicio de um novo ciclo artístico em fim peguei meu rosto, coragem e gênio e os juntei e um ritual dionisíaco e criei coragem de aventurar-me no intento de sobreviver as custas de meu gênio e minha arte de alma feia.

Passei certo tempo produzindo um portfólio descente e a procurar um estilo belo, prazeroso e que não exigisse uma vida para terminar uma única gota de meu licor espermático divino de criação genial de uma ilustração, tela ou o que quer que seja, os encontrei nas curvas fetichistas dos chifres de rinoceronte e em belas donzelas desnudas sobre uma possa de suor pelos e sangue, os mesmos formando assim uma bela e exuberante flor de romã sobre as cobertas de minha velha e cansada cama de solteiro.

Havia prometido series prum dito blog intitulado “entre pernas”, mas não posso mais fazê-las, pois agora estou sem tempo e a propósito você deve ter algo melhor do que publicar minhas besteiras não?

Bom eis aqui a minha extensão internetesca de meu gênio, espero que gostem e desejo sorte a min mesmo, pois não desejaria a mais ninguém, no meu intento de tornar-me um artista plástico e ilustrador reconhecido e que sobreviva disso.

C’est moi Zakuro Aoyama, L’surrealism et memoire, sur les petit mort.

S.D.

1 comment:

  1. um início à sua altura, mon ami!

    espero que não só o início... mas também o meio e o fim, o quão tarde possível!

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